sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Transitando

A bola desce no sinal
V
E
R
D
E
Os carros param

A bola sobe na mão
R

O

C

I

T

L

U

M
o corpo movimenta

Os olhos acompanham
O
V
E
R
M
E
L
H
O

As
CORES
Sem notar o malabarismo

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

A mira do transigente

Tangi
Meu brado
Solitário
No prado
Não gregário

Alcei
Meu vôo
Unitário
Sem céu
Desnecessário

Vivi
Meu mundo
Imaginário
Inconseqüente
Humanitário

Morri
Vagabundo
Desnecessário
Feito gente
Solitário


R e s s u s c i t e i

No meu inventário

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Canção Quilombola



Eu vou pedir um Guará
Pra comprá um guaraná
Com prazo pra pagá
Sem garantia te que dá
Mas,
Quem vai controlá
Quem fabrica o Guará
Que paga meu guaraná?
Quem está a fabricá?
Ou os outros, a governá?

terça-feira, 20 de novembro de 2007

FRASE DA SEMANA

“Uma coisa importante que eu queria chamar a atenção dos empresários espanhol (sic) é que nós poderemos transformar o século 21 no século de mudança da matriz energética para o mundo”. Presidente Lula

Seria somente mais um erro de concordância comum ao nosso presidente se ele não estivesse discursando no Encontro Econômico Brasil-Alemanha e para empresários e autoridades alemães. Ave Lula Bush.

Click e confira o vídeo

sábado, 17 de novembro de 2007

O Brasil no espelho



O Brasil faz de conta
Finge que tem governo
Brinca que tem parlamento
Pensa que tem justiça
Diz que tem povo
Mas o Brasil faz de conta
Que o povo participa
Que a justiça determina
Que o legislativo decide
Que o governo dirige
Fazemos todos de conta
Que somos governados
Que somos representados
Que somos justiçados
Que somos povo
Como um todo
O Brasil faz de conta

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Você é popular?


Você, caro leitor, saberia responder sem titubear o verdadeiro significado do termo: popular? Eu não sabia. Essa era uma dúvida que vinha me acompanhando há muito. De uns tempos para cá a expressão passou a ser usada como significado para quase tudo que envolve ou tem alguma relação com o público.

Políticos sempre chamando para suas ações populares. Lojas vendendo tudo com preços populares. Governo com programas populares. Até o futebol passou a jogar pelo popular. Os atores, cantores, músicos e até os jornalistas são populares.

Para acabar com essa dúvida do que é ser popular recorri ao mais fácil, o dicionário, que explica que popular é “relativo ao povo, comum e usual ao povo”. Achei vago. Se políticos e governantes, cada vez mais, usam o termo, popular não pode ter muito com povo. Políticos e povo nunca combinaram.

Resolvi sair da teoria e dirimir minha dúvida na prática. Se popular é relativo ao povo, fui busca-lo onde tem povo. Queria um lugar simples. Uma farmácia, onde a palavra popular ocupava toda a fachada. Nada melhor. Após dez minutos de absoluta inércia, sem qualquer atendimento, descobri que era preciso pegar uma senha. Outra definição de dicionário para popular é “democrático”, lembrei. Pegar senha representa entrar na fila.

Tudo bem. Melhor enfrentar a democracia da fila. Afinal é um propósito glorio. Depois de mais minutos “indianos” consegui um papel com um número que descobri, imediatamente, estava muito depois daquele que o atendente gritou atrás do balcão. Pelo menos uns 20 acima. Lembrei de um ditado popular: “a paciência é a maior das virtudes”. Mas, mesmo os virtuosos cansam. Quase trinta minutos depois da investida a solução foi procurar outro lugar.

Um restaurante popular. Fila para entrar. Fila para o bufê. Fila para sentar. Fila para pagar. Minha vontade de descobrir o popular não era tão grande. Uma loja popular. Cheia. Pessoas se acotovelando para pegar um simples par de meias. Fila no caixa. Um ônibus. Fila para passar na roleta. Fila para esperar o veículo encostar na plataforma. Fila. Fila. Fila.

Uma nova noção de popular foi se formando a cada investida. Popular é tudo que tem fila, demora e faz as pessoas perderem tempo para conseguir o mínimo. Pelo menos nisso, descobri que popular tem tudo a ver com políticos. Caro leitor, decididamente eu não sou alguém popular. E você?

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Cidadania (ou depois do empate heróico)





A cidade recria

Reinventa

Renasce

Cidade própria

Nem paulista

Nem gaúcha

Nem carioca

Cidade própria

Que se apropria

Do cidadão

Que confia

Na sua cidade

Na sua bandeira

Cidade FIGUEIRA

Empáfia argentina e enganação

Chiko Kuneski Existe uma piada da época em que não havia o politicamente correto que diz: “o melhor negócio do mundo é comprar um argent...