sábado, 9 de fevereiro de 2013

Do solitário




Olho o mundo pela janela
Mas já nele não me vejo
Sinto-me um percevejo
De mim mesmo
Alimentando-me da solidão
Fico apenas olhando a esmo
Procurando-me na multidão
Que passa, repassa e me transpassa
Com sua pressa sob minha janela
Sem permitir encontrar-me nela

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Fechado pra balanço

 










No final do dia, nada mais pensava

Cansado de tanta informação

Desencontrada

Soluçava minha gastrite

Por tanta convulsão

Doía-me a atrite

A bursite, a constipação

Afogado, eu suspirava

Mas o meu país já não me vinha

Nem em vinha; nem em vinho

Sem saída, me dopava

Em pílulas, pesadelava

Noite à fora

Tentando acordar na hora

De reencontrarem o caminho

Empáfia argentina e enganação

Chiko Kuneski Existe uma piada da época em que não havia o politicamente correto que diz: “o melhor negócio do mundo é comprar um argent...