sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Dor notívaga





Na madrugada, entendo os insones

Noturnos, sem sons

Com suas dor de mente

Dor sem corpo, sem compor

A dor que mente

Etérea

Doendo entre dentes

Com seu torpor

Dor silenciosa

Como só as dores são

Desditosa

Dor de se saber

A dor de não se ter

O sono

O sonho

De adormecer

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Chororô


O bandeira levantou
Errado
O gol salvador
Anulado
O árbitro apitou
Safado
E, eu, técnico,
Coitado
Pouso de desprotegido
Roubado
Num jogo de placar largo
Goleado

E a culpa é sempre do trio
Sorteado
Arbitrariamente
Escalado
Um poema de futebol para Cucas, Luxemburgos, Pintados, Silas, Muricis, Manos Meneses, Dungas, Leões e tantos outros técnicos de futebol que nunca perdem.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

O vazio do copo

O estádio cheio
O copo vazio
O copo e o meio
O corpo doentio
O copo virou cheio
No estádio vazio
Repleto do anseio
De não ser vadio
Um copo com água
Um corpo com paixão
Um copo com magoa
Uma obstinação
Descartáveis

Torcedor do Marcílio Dias atira copo contra jogador do Figueirense que iria cobrar o tiro de canto. Ambos no escanteio.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Você tem fome de quê?

Um dos sentidos animal de sobrevivência do Homem é a fome. Com fome ele vai a luta, literalmente, atrás do que comer. Esse instinto foi “domesticado” pelos fatores sociais, levando o Homem a ter outras formas de fome, não apenas a de buscar comida para manter-se vivo.

Existem os que, alimentados, têm fome de bola (esses não são poucos no país do futebol), fome espiritual (basta ver a proliferação das igrejas), fome de justiça (principalmente se ela for feita em sua defesa), e até, mas no campo filosófico, fome de viver. Contemporaneamente, há ainda os com fome de sucesso. Buscam caçar seus, pelo menos, quinze minutos de fama nas páginas de tablóides ou na frente de câmeras de televisão. Fazem tudo para serem notados, até mesmo fazem o errado.

São famosos em escândalos para ficarem ainda mais famosos. Desconhecidos que aproveitam qualquer brecha para mostrarem a cara. Ou, na pior das hipóteses, os delinqüentes que acabam nos programas policiais ou nas últimas páginas dos jornais populares.

A fome, desde que as leis foram criadas, já foi punida severamente quando o ato de aplacá-la fere os contratos sociais vigentes. Homens já morreram pela mão do homem por roubar para comer. Atualmente, o roubo não é punido com a morte, mas pago com a liberdade, claro, se o “caçador de alimentos” for apanhado.

Entre todas as histórias já contadas de presos por roubar para comer a inusitada é a de Nilton e Valentin (vou preservar os sobrenomes). A dupla, com fome, aproveitou a oportunidade e roubou 40 quilos de carne. Convenhamos que a quantidade é suficiente para acabar com a fome de várias duplas de niltons e valentins. Animais com fome comem carne. O Homem ainda tem seu instinto animal.

Após seguir esse instinto e “caçar” o alimento, a dupla resolveu matar a fome. Munida dos quilos de boa carne Valentin e Nilton foram para um bordel. No estabelecimento tentaram trocar o “produto” por dois programas. Nilton e Valentin eram homens com fome. Fome de sexo. Não resolvida, mas mataram a fome de sucesso estampando suas fotos na página policial.

Empáfia argentina e enganação

Chiko Kuneski Existe uma piada da época em que não havia o politicamente correto que diz: “o melhor negócio do mundo é comprar um argent...