Por mais uma obra do diabo Judas Iscariotes foi devolvido à Terra, ressurgindo num país da América do Sul chamado Brasil e numa cidade chamada Brasília num tempo em que o povo era governado por um presidente, marcado pela falta de um dedo e por suas parábolas estapafúrdias, cuja alcunha era Lula. Judas, como nada mais sabia fazer a não ser vender seus iguais, logo se interessou por política e tornou-se Senador. Com sua astúcia, chegou ao cargo mais alto do Senado e, mesmo sendo de um partido diferente de Lula, foi eleito presidente do Legislativo.
Judas sabia das coisas e Lula sabia que Judas sabia e, por isso, o apoiou. No Senado, Judas ajudava Lula e Lula ajudava Judas, num acordo de mútua proteção. Tudo funcionava bem e as manobras da oposição para apurar as irregularidades dos dois presidentes (do Brasil e do Legislativo) eram varridas para baixo do tapete e logo desarticuladas até que Lula resolveu que já estava na hora de colocar mais um personagem nessa aliança.
Chamou Judas ao seu gabinete e apresentou Jesus. Nada está confirmado, mas pelos corredores do poder em Brasília corre o boato que Judas já tentou subornar Jesus com trinta moedas de ouro para eleger um candidato da oposição à Lula nas próximas eleições.