Pode comentar quem gosta de perereca. Calma. Não ruborize. Nada de ter
pensamentos libidinosos, pois a perereca em questão é um animal, mais
precisamente um “anuro” que habita matas, até jardins e acasala no verão.
Ao
contrário do que se pensa, perereca não é hermafrodita; como a minhoca. Existe
o anfíbio macho, indispensável para a procriação da espécie, que não exige ser
chamado de o “perereco”. Ao contrário da presidente que insiste em ser "presidenta". Mas,
o assunto não é política.
O
tema principal é sexo, sexo das pererecas. Para atrair a perereca, o perereca
passa as noites de verão entoando “cânticos” de acasalamento, que varam a
madrugada. Verdadeiras serenatas anfíbias, que podem chegar a decibéis mais
incomodativos que os gemidos do sexo humano.
O
perereca, querendo conquistar a perereca, pode acabar com o sono de humanos e
humanas, com seu cantar estridente, agudo e contundente. Conforme fundamental
matéria do Fantástico, isso está acontecendo na maior metrópole do Brasil. Em
pleno concreto de São Paulo o acasalamento das pererecas está impedindo o sono
humano. Coisa desumana.
Revoltados
com o prazer das pererecas, homens e mulheres, reclamaram para os órgãos
responsáveis pela preservação do meio ambiente. A prefeitura, do PT, alega que
não trata do problema da perereca e que a questão é de responsabilidade do
Governo Estadual, do PSDB. O Estado diz que não criou a perereca, que, segundo
biólogos, não é nativa e sim imigrante, não tendo, por tanto, responsabilidade
sobre o problema, que é Federal.
E as pererecas e os pererecas, alheios aos debates políticos, continuam sua sinfonia de acasalamento, se reproduzindo ruidosamente.