O que encanta é o
momento. O movimento. O som feito do silêncio. Da espera. Da angustia. Da nova
nota. Que sempre vem. Chuá. A resposta sonora das redes. As redes gostam de
tocar com as bolas. São jazzísticas. Harmônicas.
Ficam esperando o momento
exato de compor a magia sonora. Da percussão do toque. Grave. Do roçar sibilado
no movimento contínuo. Do agudo do lance. Do “background” da torcida extasiada
pelos sons. Pelas junções.
Assim são as bolas.
Adoradoras dos sopros geniais. Da criatividade. Da essência do movimento,
calmo, sensual, fugaz ou visceral. As bolas não gostam do mesmo, do lateral, do
esmo. São agudas como o bom jazz. Inquietas e inquietantes.
Lindo ver uma bola
livre, no seu próprio giro de emoção. Uma bola solta pela imaginação da criança,
que a adotou como companheira, do adolescente que se imaginou crescendo com
ela, como companheira, do adulto, ainda com o gosto de criança. Vivendo com o
sonho da companheira.
A bola sempre
encantadora. Mágica. Imitação do globo terrestre. Uma nota solta e etérea, no
espaço e no tempo. Mundialmente Universal.