Se cheguei até
hoje, aos meus 59 anos recém completados, uma certeza tenho:
contei com a ajuda de muitas pessoas, de uma maneira ou outra, que fizeram e ainda fazem parte da minha deambulada (caminhar com
a ajuda de muletas) - agora cadeiras de rodas. A grande maioria conquistei e mantenho, exibindo com
orgulho.
Mas tem uma pessoa especialíssima que
gosto de mostrar e que, certamente foi a que mais me ajudou: Dona Maria Alice,
minha mãe que logo completará seus 78 anos de muita generosidade, luta, paixão pela vida e amor.
Uma mulher sem muita cultura formal, simples, que ganhou a vida como cabeleireira, mas sempre exigiu dos filhos, e proporcionou, estudo, honradez e fazer e manter amigos por nossas vidas.
Ver a Dona Maria Alice pegando seu
sozinho matinal lendo meu novo livro “Choro Dionisíaco” foi uma marca que
ficará para sempre na minha retina e memória. Nem mesmo como poeta consigo exprimir a alegria, prazer e orgulho que senti e uma vontade imensa de dizer-lhe: “seu
filho é um pouco do que a senhora lutou para ser”.