Tudo era perfeito. A arena cheia. O clima quente. O adversário combalido. Bastava um chute. Uma bola certeira. Um grito de gol. Para fazer sua história. Um único e derradeiro balançar da rede para chegar a marca emblemática. Cem. Cem gols com a tricolor camisa do Joinville. Para fazer sua história. Para entrar na história.
O suor do calor de verão alimentava o desejo. O camisa nove corria. Brigava. Lutava, feito um gladiador na arena para dar a alegria à torcida e a si próprio. Era a marca a ser alcançada. Nada poderia dar errado. Era sua casa. Era seu gramado. Era sua torcida. Era sua hora.
E, nesse palco bem montado, veio o momento. O lance perfeito. O passe perfeito. O toque perfeito da bola no pé. Dentro da grande área, com a visão plena do gol, do goleiro, da rede a ser estufada. O toque do pé na bola para vencer o marcador. Um corpo que ficou para trás. O único que lhe impediria.
Ergueu a cabeça para a certeza de tudo. Da trave. Da distância. Do goleiro. Do espaço vazio. Uma fração de segundos que só os artilheiros sabem usar para tantos cálculos precisos. Para ser preciso. Era preciso. Cabeça erguida. Chute decidido. Os olhos brilhando a marca definitiva dos cem gols com aquela camisa. A perna recolhida, como o cão da arma a fuzilar o adversário.
No memento perfeito, mas inacabado, tudo parou para Lima. O jogo parou. O grito da torcida parou. A vida parou. Nos sete metros e trinta e dois centímetros da trave uma tela. Não mais uma meta. Uma projeção.
Cada um dos noventa e nove gols do centroavante projetados em câmara lenta diante do seu olhar petrificado na única meta. De craque. Do toque preciso. De cabeça. De peito. De carrinho. Meio sem querer. Até de bico. Gol é gol. Foram noventa e nove com a camisa do Joinville.
Seria o seu centésimo. Sua marca para ficar na história. Sua gloria. A perna esticou precisa para a estilingada. Armada. A perna precisa, que não errava. O movimento. O preciso momento. O grito eufórico da torcida. Gol. Mas não sentiu o beijo da bola. Rudnei, o defensor adversário, afoito, roubou-lhe o prazer da marca, da história, do centésimo gol.
O suor do calor de verão alimentava o desejo. O camisa nove corria. Brigava. Lutava, feito um gladiador na arena para dar a alegria à torcida e a si próprio. Era a marca a ser alcançada. Nada poderia dar errado. Era sua casa. Era seu gramado. Era sua torcida. Era sua hora.
E, nesse palco bem montado, veio o momento. O lance perfeito. O passe perfeito. O toque perfeito da bola no pé. Dentro da grande área, com a visão plena do gol, do goleiro, da rede a ser estufada. O toque do pé na bola para vencer o marcador. Um corpo que ficou para trás. O único que lhe impediria.
Ergueu a cabeça para a certeza de tudo. Da trave. Da distância. Do goleiro. Do espaço vazio. Uma fração de segundos que só os artilheiros sabem usar para tantos cálculos precisos. Para ser preciso. Era preciso. Cabeça erguida. Chute decidido. Os olhos brilhando a marca definitiva dos cem gols com aquela camisa. A perna recolhida, como o cão da arma a fuzilar o adversário.
No memento perfeito, mas inacabado, tudo parou para Lima. O jogo parou. O grito da torcida parou. A vida parou. Nos sete metros e trinta e dois centímetros da trave uma tela. Não mais uma meta. Uma projeção.
Cada um dos noventa e nove gols do centroavante projetados em câmara lenta diante do seu olhar petrificado na única meta. De craque. Do toque preciso. De cabeça. De peito. De carrinho. Meio sem querer. Até de bico. Gol é gol. Foram noventa e nove com a camisa do Joinville.
Seria o seu centésimo. Sua marca para ficar na história. Sua gloria. A perna esticou precisa para a estilingada. Armada. A perna precisa, que não errava. O movimento. O preciso momento. O grito eufórico da torcida. Gol. Mas não sentiu o beijo da bola. Rudnei, o defensor adversário, afoito, roubou-lhe o prazer da marca, da história, do centésimo gol.
Lima (C) "comemorando" o gol do Joinville na vitória de 5 a zero sobre o Marcílio Dias. Ele não marcou nenhum.
Um comentário:
Muito bom, Chiko, parabéns pelo texto.
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