Chacrinha e Titãs
projetaram nos meados da década de 80 a burrice que estava por vir. O horário
eleitoral gratuito animado do século XXI. O espaço tirado do pensamento mediano
do povo, das novelas, dos telejornais, dos humorísticos, para a mediocridade da propaganda política.
“Democraticamente”
obrigatória. Parlatória. Púlpita. “Gratuitamente” paga. Por impostos impostos.
Demagogicamente um plasma, fantasmagórico, animado, da época da ditadura,
santificada em santinhos, na democracia e na falácia da igualdade dos partidos,
de ideias, de ideais nos espaços televisivos.
Como na ditadura, essa
democracia de espaços partidários invade nossas casas sem pedir licença. O
ditador não precisa de licença. Dita. Nos transgride. Nos impinge à “burrificação”
por seus ideais. Usam nosso pseudodireito à informação.
Locutores de voz
impostada narram milagres. Políticos falastrões falam, falam, falam. Nada
dizem. Falam para um invisível burro televisivo.
Um comentário:
É por essas e outras, Chiko, que vejo cada vez menos TV. Somado o tempo semanal que passo na frente dela não dá quatro horas. O mundo lá fora é muito mais interessante.
E parabéns pelo texto.
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