quarta-feira, 4 de novembro de 2015

José, Maria e as “madalenas"

Chiko Kuneski

O ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), José Maria (seria algo sem gênero precoce?) Marin, preso na Suíça por corrupção na FIFA, essa dispensa explicações do que representa,  e extraditado para os Estados Unidos, alegou perante um juiz de Nova Iorque inocência. Concordo com o genérico. Também compartilho da máxima do direito universal de que “todos são inocentes até que se prove e sejam julgados culpados”.

A qualquer cidadão deve ser dado o pleno direito à defesa. Não podemos condenar pela imprensa sensacionalista. Não podemos apedrejar “marias madalenas”, por mera incitação do clamor midiático.

Até “josé”, humano, confuso com o milagre, subjugou-se às forças supremas e as aceitou. “Maria” foi a escolha. “José” achou conveniente acreditar no milagre da fácil multiplicação. O poder supremo tudo proveria. Absolveria. O poder supremo era intocável. Perfeito para José Maria.


José Maria Marin é inocente até que um juiz, ou jure terreno, o julgue culpado. Vai responder em liberdade, comprada por meros 15 milhões de dólares (mais de 55 milhões de reais) de fiança. Pelo menos o poder supremo até agora lhe proveu.

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