sábado, 22 de dezembro de 2007

Um tal de Natal

O pior dia da minha vida foi quando cheguei, de mau humor, logo de manhã cedo, é impossível ter bom humor logo de manhã cedo, apenas os macrobióticos fingem que conseguem, no trabalho e resolvi falar a verdade numa única frase:

- Eu não suporto mais o Natal!

Uma exclamação apenas. Da boca pra fora. Mas que fez todos me olharem com se fosse a reencarnação do Bin Laden, ainda vivo. Notei o mal estar. Tentei remediar. Como diz o ditado: “remediado, remédio adiado está.”

Como podia eu não gostar do Natal? Afinal, todos sorriem para o Natal. O Natal está sempre presente. O Natal dá presentes. Presenteia. Mas, o rei do mau humor, decide não gostar do Natal. Logo do Natal e no dia 24 de dezembro.

Notei nos olhares a discórdia. Com o Natal tudo vale a pena. O Natal encanta. Canta. É alegre. Iluminado. Toca música. Festeja. Tudo bem que com ele você gasta muito mais, está sempre inventando festas, mas é para a confraternização. E eu, logo cedo, resolvo não gostar do Natal.

Até então, todos me achavam uma pessoa divertida, bem humorada, sempre com uma piada para resolver um mal entendido, com senso de oportunidade. Mas, não gostar do Natal, notei, era imperdoável.

Lamentei ter acordado. Lamentei o dia. Lamentei a frase. Lamentei até lamentar toda a situação, pois, por mais que, naquele momento, não gostasse dele, o Natal era meu maior amigo de infância.

2 comentários:

Saramar disse...

Minha avó sempre diz: em boca fechada não entra mosquito. rssssssss...

Há idéias que são como pedras: inamovíveis. A beleza do natal é uma delas. Mas, como você já disse, só os natais da infância são realmente perfeitos.

beijos, feliz natal.

Ricardo Rayol disse...

eheheheheh e pior que é verdade... natal só é legal se em familia e se nao tivesse o cunho comercial que tem seria excelente

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